quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dezembro - Mês de Balanço

Game of Thrones - A estreia do ano na televisão

E num instante chegámos a Dezembro. Altura ideal para fazer um balanço do melhor que tivemos em 2011. Cinema, Televisão, Jogos, entre outras coisas.

Comecemos pelo pequeno ecrãn. 2011 foi um ano de transição. Nunca se estreou e renovou tanta série como este ano. Rico em produções de luxo e originalidade. Pela primeira vez, começou-se a investir na televisão, como no cinema. Talvez sinais da crise mundial que atravessamos, não sei, mas a verdade é que nunca tanto foi investido nessa industria, tanto em termos de produção, como meios humanos, escrita e realização.
Segui ao longo deste ano "apenas" 30 séries das quais creio que se destacam das outras. Dirão alguns;
-" Então, mas isso são meros 10% das cerca de 300 séries que são emitidas anualmente..."
Pois é, mas cada um dá aquilo que pode, quando assim é...
Tivemos imensas estreia este ano. Um ano rico para a televisão. Muitas promessas e grandes investimentos, pena que mais de metade não tenha visto esse investimento retornado e muitas dessas promessas ruiram logo ao fim de poucos episódios, outras arrastaram-se até ao final das suas temporadas.

Comecemos pelas boas surpresas - As melhores estreias:.

Game of Thrones é para mim a estreia do ano e a melhor surpresa. Excelente adaptação dos livros para a televisão, muito bem realizada e um leque de actores de categoria. Excelente final, só pecou pelas poucas e inexplicáveis cenas de batalhas.

O melhor estava guardado para o fim

Hell on Wheels - Estreou em Novembro e é caso para dizer que pegou desde o inicio. Um western é sempre dificil de passar para a televisão, dos temas mais dificeis de escrever, mas creio que a AMC, habituou-nos a grandes lançamentos e de grande qualidade. Uma série obrigatóriamente de seguir e de recomendar. Único pecado é os episódios "só" durarem 45 minutos...

Surpreendeu pela qualidade

A Gifted Man era umas das minhas séries mais esperadas, mas nunca pensei que me marcasse dessa maneira. Digamos que esperava que fosse boa, mas não tanto, por isso foi uma agradável surpresa. Com muitos actores vindos do cinema, bem escrita e com diálogos e histórias muito ricas.

Mais uma série a vir no fim do ano

Grimm começou com pezinhos de lã e fixou-se duma maneira sólida e veio para ficar. Não se pode afirmar que seja assim tão original com o tema do sobrenatural, mas a maneira como o faz já é outra história. muito bem pensada, com uns diálogos leves e com algum humor a contrastar com o tema. Esplêndido.

Quem não adora este "cão"?

Wilfred foi a única comédia que consegui ver este ano. Vi algumas mas nada como isto. Um humor tão bizarro e anormal foram o suficiente para esperar ansiosamente semana a semana por cada episódio. O contraste entre as duas principais personagens era tão relevante como irritante. Genial as sessões de fumo na cave. Inesquecivel.

Caiu como uma bomba

American Horror Story. Ninguém esperava este sucesso imediato, nem eu. Alguns exageros iniciais passaram incólumes, mas com o tempo a série ganhou maturidade. Ao fim de algum tempo até nós próprios duvidamos da nossa saniedade mental. Muito bem escrita e realizada, com grandes diálogos e um elenco do outro mundo. Jessica Lange doutro planeta.

Person of Interest - Uma dupla para relembrar

Person of Interest já começara a ser falada na internet, ainda nem se sabia a dupla de actores escolhidos para interpretá-la. O minimo que se pode dizer é que foi excelente. Um regalo para os olhos e um carisma enorme de ambos actores. Como se não bastasse temos histórias diferentes com a qualidade que se lhes reconhece. Tiro o chapéu aos argumentistas, não é fácil manter o interesse sem mudar o objectivo principal da série. Touché.

Kelsey Gramer - The Boss

The Boss não estava na minha agenda como série a seguir. No entanto Kelsey Gramer merecia a consideração. Bendita a hora que o fiz. Só para o ver a actuar vale ver tudo. Genial a sua interpretação da personagem tão diferente de tudo que ele fez habitualmente na televisão. O tema politico ajuda a dar carga emocional, mas está tão bem argumentada que chega a ser irresistivel.

As más surpresas, as piores estreias ;

Tanta parra e tão pouca uva

Falling Skies era uma das séries mais apetecidas do ano. Talvez por isso a desilusão tenha sido maior. Falava-se em grandes investimentos na produção e foi tudo um fiasco, com efeitos especiais de segunda, algumas situações de fazer chorar de tão mal filmadas e diálogos muito fracos. Valeram os actores que se esforçaram por salvar a série.

 Uma ideia tão boa e afinal...

Terra Nova tinha tudo para ser a série do ano. A melhor ideia, produção, cenários de sonho, actores, etc. Afinal depois da estreia, parecia que estavamos em qualquer cidade do século XX com pouca imaginação para explorar o tema criado e a falta de ideias e credibilidade de algumas personagens começara a desacreditar a série. Mesmo se balançou agora para o fim, a maneira como deixaram escapar a possibilidade de fazer algo inesquecivel foi imperdoável. Fazer render o peixe nem sempre é a melhor opção.

Glamour aqui não resultou

Pan Am era um sucesso anunciado. Um certo Mad Men aéreo com drama e peripécia que chegue. No entanto cedo se verificou que a coisa estava complicada de agradar e a procura pela perfeição, complicou em demasia a ambição da série. não pegou, nem agarrou. Antes pelo contrário.

Demasiada fantasia?

Once Upon a Time não tem sido exactamente uma desilusão, apenas porque não sabia bem o que ia apanhar. O enredo da história tem demorado a pegar e tenho receio que tanta imaginação comece a baralhar as pessoas. Às vezes as coisas mais simples são as melhores, mas não sei se seria possível aqui.

Séries de culto, o melhor do ano:

Nada superou Spartacus, mesmo sendo prequela

Gods Of The Arena era uma simples prequela com poucos episódios. No entanto provou ser muito mais que isso. Preparou os telespectadores para a segunda temporada, desfez todas as dúvidas do passado e provou que existe mais em Spartacus, mesmo sem Batiatus e Andy...

Nunca sabemos exactamente o que esperar daqui

The Walking Dead já faz parte do imaginário de toda a gente. A mudança de ritmo e ambiente para a nova temporada foi feita magistralmente, mas nem isso diminuiu a matança, crueldade e angústia. Tudo muito bem realizado e interpretado.
Este ano não vou esquecer o final do sétimo episódio com a matança no celeiro. Nunca se fez algo assim na televisão.

Só não gosto da côr do casaco do Mr Al Capone...

Boardwalk Empire arrisca-se a ser a melhor série de sempre na televisão. Pena ser direccionada a um certo público alvo e a uma certa faixa etária. De resto não consigo apontar-lhe um defeito. O elenco é qualquer coisa de fenomenal, a realização e a produção. Banda sonora...
Esta segunda temporada tem sido menos cirurgica que a primeira, mas a qualidade e o adn está todo lá.

Mad Men termina sempre cedo demais

Este ano foi o ano da descoberta de Mad Men para mim. Felizmente consegui ver tudo na totalidade, episódio por episódio, temporada por temporada. Para mim é capaz de ser a mais bem escrita do momento. Glamour, sedução e o mundo da publicidade nos anos 60. Fala-se de tudo e fala-se de nada, a diferença está na maneira como se faz. Com classe.

O final da temporada foi um marco na tv

Breaking Bad caminha a passos largos para o final e pode-se até afirmar que esta não foi a melhor das temporadas, mas a verdade é que já ninguém vive sem ela. A sequência final desta temporada foi um marco na televisão. A maneira como é escrita e interpretada não tem paralelo. Os diálogos são únicos e nunca sabemos bem se devemos acreditar nas coisas que vemos e lemos. Uma série de culto que marcou o ano como sempre fez e bem.

As desilusões, o pior do ano:

Um caso de estudo

Supernatural é dificil entender como chegaram a um ponto em que já não se sabe o que mais inventar. Amo Supernatural e continuo a seguir as peripécias dos irmãos Winchester, mas o facto é que reconheço que deviam ter acabado por cima com dignidade que as personagens merecem. Será que estou assim tão errado?

Está a perder a magia

Santuary é daquelas séries que é dificil falar. Não só porque amamos as personagens, porque é dificil não gostar. No entanto esta última temporada aconteceram coisas que não gostei e creio que a série caiu imenso de qualidade com falta de imaginação. Cenas lésbicas totalmente despropositadas, personagens a cantar no meio da tragédia, perda de personagens vitais, enfim, uma sangria. Pena.


Tremenda desilusão o cancelamento da série

Stargate Universe não merecia este destino. Apesar de explorar mal o tema, tinha bastante qualidade e originalidade para continuar. Isto sem contar que era a única do género na televisão. Nunca mais tivemos um drama espacial e que falta ele faz. Soube terminar com classe

Podia falar de Mentalista, The Good Wife, Body of Proof, tudo séries de classe, mas parece-me que estas foram as essenciais que marcaram o ano, cada uma da sua maneira. Para o ano temos mais.


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