terça-feira, 29 de outubro de 2013

Loucura pelas ondas da Nazaré

O que leva o Homem a surfar ondas com mais de 30 metros?

Mcnamara, colocou a Nazaré e os seus supertubos no mapa ao bater por 2 vezes o recorde de surfar a maior onda do mundo. Daí para cá, tem sido uma corrida pela glória mundial, tornando já miticas as ondas da região que tão bem conheço. 

Condições únicas da costa Nazarena

Para quem não sabe existe um desfiladeiro submarino na zona, o que provoca nesta altura do ano as ondas gigantes. Mas muito perigosas, principalmente o local da rebentação.

O Canhão da Nazaré, ou Cana da Nazaré é um desfiladeiro submarino de origem tectónica situado ao largo da costa da Nazaré, Portugal, relacionado com a falha da Nazaré-Pombal, começa a definir-se a cerca de 500 metros da costa. Considerado por muitos o maior da Europa, separa a costa da Península Ibérica na direção este-oeste desde a plataforma continental, numa extensão de cerca de 211 km começando a uma profundidade de 50 metros até à planície abissal Ibérica onde atinge profundidades na ordem dos 5000 metros.1


Ontem, Carlos Burle, surfista brasileiro, pode muito bem ter batido o recorde de Mcnamara, logo após ter salvo a sua compatriota da morte, num salvamento emocionante, arriscado e apanhado pelas cameras da tv e dos reporteres no local.
 "A situação da Maya foi horrível. É uma amiga de anos. Trabalhamos o ano todo a preparar-nos para estes momentos e sabemos que o risco de vida é iminente, mas estou feliz por ela estar viva. Tê-la visto sem respirar foi horrível", contou.


Apesar dos momentos de terror com a vida da amiga em perigo, o surfista brasileiro não desistiu.
"Todo o momento pensamos em desistir, mas ao mesmo tempo queremos ajudar e surfar estas ondas. O medo, adrenalina, felicidade, é tudo muito forte. Para mim foi muita adrenalina voltar lá para dentro depois desta situação toda", frisou.
Passava pouco das 6:30 quando um grupo de surfistas brasileiros foi para o mar na Praia do Norte acompanhados de 'jet-skis' de apoio. No farol e na praia, dezenas de pessoas assistiam, debaixo de chuva intensa, às tentativas do grupo de apanhar a maior onda.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Astérix entre os Pictos - Tempo de mudar a página!

35º Livro desta vez sem Uderzo.

São heróis míticos do universo da banda desenhada, talvez mais até que a bonecada da Marvel e DC comics.
Só que desta vez para continuarem precisavam de mudar de mãos. Goscinny faleceu há mais de 30 anos e Uderzo está velho e cansado. Por isso 54 anos depois, Asterix muda de argumentista e desenhador. Só o tempo o dirá se a nova equipa terá sucesso, mas Asterix e companhia merecem nova vida e novas gerações e antigas desesperam por novas aventuras.

Argumento: Jean-Yves Ferri - Desenhos: Didier Conrad
Edição original: Les Éditions Albert René
Primeira edição em álbum: 24 de Outubro de 2013
A 24 de Outubro de 2013, Astérix entre os Pictos chega a todas as livrarias do Mundo Conhecido! Os Pictos? Sim, os Pictos! Estes povos da antiga Escócia, temíveis guerreiros com vários clãs, cujo nome dado pelos romanos significa literalmente «homens pintados».
Desta forma, Astérix entre os Pictos é, na melhor tradição das aventuras do mais famoso gaulês, uma viagem épica até uma terra de ricas tradições e à descoberta de um povo cujas diferenças culturais se traduzem em piadas e trocadilhos memoráveis. Nos fóruns de leitores, as apostas estão abertas e sucedem-se os debates ansiosos... Whisky? Lançamentos de troncos? Gaitas de foles? Nomes com prefixo Mac? As origens da Muralha de Adriano e do Monstro de Loch Ness finalmente reveladas? E até mesmo, quem sabe, gauleses com kilts... É o máximo suspense!


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Walter White - Acabou

Acabou a mais emocionante série da década.

Terminou no domingo passado a série Norte-Americana "Breaking Bad." Quando chegou ao seu términus, as apostas eram altas. Os finais não são fáceis de escrever, ou prever. No entanto a série nunca fora uma espécie de narrativa dispersa, com twists e falsas partidas, sem explicações plausiveis, como por exemplo, "Lost". Desde o seu inicio que se mostrou uma série coesa, bem pensada.  
Restava saber se nos episódios finais a série se manteria fiel, ou arruinaria tudo por completo.
O seu criador, Vince Gilligan admitira que perdera noites a pensar como terminar a série sem destruir por completo o trabalho feito no passado e desiludir milhões de fans que durante 62 episódios e 6 anos seguiram a personagem "Walter White/Heisenberg" e a sua familia.
Outros dramas no passado "Sopranos" e "Lost" deixaram pelo menos metade dos seus fans desiludidos, com finais inconclusivos e sem explicação. Eu com Sopranos fiquei satisfeito (confesso).
Vince não se podia dar ao luxo de repetir o mesmo erro.
Durante os últimos 16 episódios as peças do xadrez foram colocadas nos locais perfeitos e com a mestria reconhecida, com excelente escrita e interpretações, criaram 3 ou mesmo 4 episódios do melhor que se viu em televisão.
Os últimos episódios criam uma tensão emocional tão forte que os telespectadores ficam confusos em adorar ou odiar a personagem principal.
Bryan Cranston tem aqui o papel da sua vida, que lhe valeu 3 Emmys, e soube fazê-lo na perfeição. Merecia 4 nesta última temporada, mas metade do crédito para o sucesso da série merece ser seu.
O momento mais marcante para mim, é queando a familia descobre que ele ganhou dinheiro a fabricar droga, recusa-lhe o mesmo dinheiro e negam-lhe a aceitação e amor. Ao qual Walter jr diz: "- Porque é que não morres?" e walter responde: Não pode ter sido tudo feito em vão..."
A imagem seguinte que vemos é de uma familia destroçada, separada e um Homem a cair no seu próprio abismo. Tudo terminara aí.
Mas para o final aguardava-nos uma surpresa ao estilo Heisenberg. Quando tudo parecia perdido e Walt prepara-se para se entregar à policia, vê num bar algures na américa profunda, os seus 2 sócios antigos, a falarem na televisão, onde não reconhecem qualquer tipo de mérito de walter na constituição da empresa, nem do seu desenvolvimento, em compensação deram 28 milhões de dólares para uma instituição de caridade para drogados, nesse instante a expressão de Walt muda, assim como o tema genérico da banda sonora, com um toque sombrio e negro.- EXCELENTE!
A cena final do último episódio, digna de um filme de western de Sérgio Leone, onde se resolve o conflito final de Walt com os seus inimigos neonazis e liberta Jesse, está nos pícaros da televisão. Como a cereja no topo do bolo, onde se resove tudo, inclusivé a curiosidade para quem ia ser destinado o pó do cigarro que era veneno. Touché mr Vince Gilligan.
Uma chamada final para a cena mais forte de toda a temporada, onde Walt se despede da sua esposa e dos seus filhos. A cena em que se esconde e vê ao longe Walt jr entrar em casa, sem diálogo, ou qualquer tipo de emoção. Foi devastador.
Vou ter muitas saudades, para mim foi a melhor série de sempre.