sábado, 26 de novembro de 2011

Património Imaterial da Humanidade - O Fado

O famoso quadro de José Malhoa, Ilustra o Fado

Este fim de semana o Fado pode vir a ser considerado Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Lado a lado com Portugal nesta 'corrida' está:
Colômbia que apresenta o Conhecimento Tradicional dos Xamãs (jaguares) de Yuruparí, 
Croácia candidata-se com Nijemo Kolo, uma dança de roda silenciosa da região da Dalmácia, 
Chipre propôs-se com Tsiattista, uma forma particular de recitar poesia popular tradicional do país.
A República Checa, por sua vez, candidata-se com um género de procissão chamada "Passeio dos Reis", integrada no festival com o mesmo nome.
México apresenta Mariachi, música de cordas, letra e trompete originária da região de Jalisco, 
Peru lança-se nesta distinção com a Peregrinação que é realizada ao Santuário do Lord de Qoyllurit'i, uma das celebrações religiosas mais importantes no Peru, que reúne milhares de fiéis de vários pontos do país.

A Origem:
A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, "destino", é a mesma palavra que deu origem às palavras fada, fadario, e "correr o fado".
Uma explicação popular para a origem do fado de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explicação é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica. Não existem registos do fado até ao início do século XIX, nem era conhecido no Algarve, último reduto dos árabes em Portugal, nem na Andaluzia onde os árabes permaneceram até aos finais do século XV.
Numa outra teoria, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu, no então rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária canção urbana conhecida como "fado".


Amália, a Rainha do Fado

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