segunda-feira, 11 de junho de 2012

Geração Pop da pastilha elástica

Jessie J e AdeleExcepções ou talvez não

Passei este ano por dentro do Rock in Rio Lisboa, tanto em trabalho, como espectador e telespectador. Tenho por isso uma opinião bem pessoal e formada das novas tendências musicais que afectam e influênciam as novas gerações.
Os nossos filhos, sobrinhos e amigos destes. Quem anda perto dos 40 anos de idade ou por lá caminha como eu, não pode deixar de ter pena destes miudos, inundados por autênticos pesadelos "artistas" Pop. Resmas de programas a descobrir génios da música todos meses, concursos e pior, bandas sem jeitinho nenhum para a coisa titulados de novos Deuses da musica. não vou referir nomes para não ferir susceptibilidades. 

Adele nem tem culpa

Quando uma comunidade inteira, cidade, pais ou continente delira por um album deprimente como este último de Adele, está tudo dito. Eu também tenho culpa, adorei o album, estou contaminado. Mas tenho salvação, tenho as minhas raízes.
No fim de semana passado falava exactamente sobre a nova tendência musical dos nossos jovens com um amigo e sobre o Rock in Rio deste ano. Bastaram poucos dias, para se saber que os dinossauros da musica, Stevie Wonder, Brian Adams e Bruce Springsteen foram as referências e os sucessos. Isto sem falar nos eternos Xutos e Pontapés.
Esta pessoa amiga fez uma observação bastante pertinente que foi questionar o seguinte. Imaginarmos hoje fazermos um Live Aid com as figuras do momento.
Sim, os Adam Lamberts, Miley Cirus, as Gomez e até outras bandas consideradas referências musicais nos dias de hoje. Ah, não nos esqueçamos do Justin Bieber...

A culpa foram dos anos 90?
Depois dos fantásticos anos de Rock que culminaram no momento forte em meados dos anos 80 com o live Aid, os anos 90 trouxeram a estagnação e quase a morte do rock. As suas bases pilares faleceram ou reformaram-se. Lembro-me assim de repente de um Freddie Mercury, Kurt Cobain que faleceram, terminando trágicamente com as suas bandas. Tina Turner reforma-se, assim como Mick Jagger e até Phill Collins, Roger Waters, Peter Gabriel, Mark Knoffler, entre outros. de repente ficamos orfãos e começamos a ver bandas como os U2 a tornarem-se gigantes, Green day a tornarem-se referência (isto sem ser em modo desprestigiante) e de repente mudou tudo.

Sinais preocupantes surgem no horizonte. Bandas como Queen , INXS, Guns and Roses, entre outros reinventam-se com ideias preocupantes. Além de convidarem artistas com qualidade duvidosa para substituições, fazem-no mal e pior ainda são venerados. Enchem estádios e pasme-se julgam que as coisas são tão boas ou melhores que no passado.
Isto espelha bem o vazio que vivemos hoje em termos musicais. Cria "guerra" de gerações, entre os que aceitam isto e os que sentem falta dos bons velhos tempos. Pior quando existe falta de respeito pela opinião de cada um e se vê como fica fácil falar mal e criticar nas redes sociais, A, B, ou C.

Nos anos 60 e 70 do século passado, a industria musical era dura, só sobreviviam os duros. A amizade entre os membros das bandas era fundamental. Muitas dessas bandas cresciam em garagens na rua dos amigos e cresciam juntos, aprendiam juntos. Comiam e dormiam juntos.
Hoje um produtor arranja 4 ou 5 caras bonitas formam um grupo de musicos que não se conhecem e se não souberem tocar ao vivo, fazem-no em playback. o que interessa é a imagem.

Assim, só temos todos a perder...


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